Estes últimos meses tem sido um desafio. Ou vários desafios. A luta pública contra um vírus mistura-se com as lutas privadas.
Enquanto que na luta contra o covid19 a grande maioria de nós pouco pode fazer (a não ser cumprir as regras de distanciamento social, usar máscara e lavar as mãos regularmente), na luta interna podemos fazer algo mais. Mas será que conseguimos?
Faço terapia há uns anos. Na altura tive uma epifania. Tive um momento de despertar que me fez começar a sentir tudo de uma forma muito intensa. Descobri que estava com uma depressão e comecei a cuidar de mim. Um pedaço de cada vez. Alimentar-me bem, dormir mais, praticar desporto, fazer coisas que me alimentam a alma, rodear-me das pessoas que gostam de mim e me fazem bem.
Durante esta pandemia algumas coisas tornaram-se difíceis de cuidar. Praticamente não estive com as pessoas que gostam de mim ou deixei de fazer desporto (não conta passear a cadela, pois não?). Mesmo a alimentação tem sido um desequilíbrio constante. Quando estou com os meus filhos, tenho de cuidar deles mas quando não estão…. a coisa muda de figura. Parece-me que jantar um iogurte não será o ideal (mesmo que eu esteja com algum peso extra). Nas últimas semanas, o sono foi afectado. E as insónias tomaram conta.
Parece que a pandemia começa a dobrar o meu espírito.
Mas não vai quebrar.

É quase inevitável. Mantermo-nos atentos ao que sentimos pode ser a chave para não quebrarmos. Obrigada por esta partilha e por todas as outras. Um abraço,
Paula
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Estarmos atentos e cuidarmos de nós é fundamental. Obrigado pelas palavras.
GC
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