É uma frase que oiço e leio vezes sem conta. Algumas pessoas até vão mais longe e dizem que a gastronomia inglesa não presta. Pois bem… não podia estar mais em desacordo.
Diria que cresci a ouvir este tipo de comentários sobre muitos países, mas em Portugal talvez os dois países mais citados sejam Espanha e Inglaterra. Sobre Espanha, vou deixar para outro post. Hoje resolvi escrever sobre a gastronomia inglesa.
Em comparação com a cozinha francesa, diríamos que os franceses sempre estiveram mais à frente que os ingleses, certo? Mas a realidade é que os ingleses tem registo de novos sabores e experiências, que hoje são fundamentais como o “curry powder”, desde o séc. XVIII, enquanto que os clássicos da cozinha francesa apenas começam a aparecer já no final do séc. XIX.
A verdade é que a cozinha inglesa se fez sobretudo da mistura com outras cozinhas. De Portugal à India, do Paquistão a Zanzibar, de Oman à Nova Zelândia. A riqueza gastronómica do país foi construída pela miscigenação das pessoas.
Na atualidade a comida que se come em Inglaterra é das mais interessantes. A história pode ser contada por diferentes chefs como Rick Stein, Delia Smith, Raymond Blanc, Marco Pierre White, Mary Berry ou Heston Blumenthal (só para referir alguns). E podemos encontrar diferentes tipos de culinária, desde a comida de rua (Fish and Chips) até à molecular.
Quem for a Inglaterra, e comer mal, diria que só pode culpar-se a si mesmo. Quem precisar de dicas, é só perguntar.
