Conversava com uma rapariga que quando lhe disse que tive uma relação de 20 anos, mas que tinha terminado, e ela diz:
“Ah não correu bem”
Surpreendido pela resposta dela, fiquei a pensar nisso. Como avaliamos uma relação? Só correu bem se for para a vida? Ou existe um período mínimo para se verificar um sucesso?
Parece-me óbvio que a educação religiosa faz com quem se acredite nos votos de um casamento. “Até que a morte nos separe” faz com que muita gente acredite que só correu bem se ficarmos juntos até ao fim dos dias. Nada mais, nada menos. E no nosso país, numa maioria católica, isso é mais “verdadeiro”.
Eu não consigo deixar de acreditar que uma relação de 20 anos correu bem. Afinal passamos mais de 7300 dias nessa relação. Algo terá corrido bem. Como é óbvio nunca nada corre bem o tempo todo. Tudo na vida tem altos e baixos. Mas para passar 20 anos com outra pessoa, algo terá corrido bem.
Eu sei que costumo olhar para o lado positivo da vida (alô Monty Phyton), mas no meu caso foram muitos e bons anos, ainda por cima com três filhos maravilhosos. Por isso, algo correu mesmo muito bem. Pelo menos na minha perspectiva.
Na altura, e perante esta afirmação, tive curiosidade em saber qual tinha sido a relação mais longa que ela tinha tido. Ao que respondeu:
“A mais longa que tive durou quase 3 anos…”
