Foto de Lindsey Bahia na Unsplash

Não se conversa com alguém que não ouve a mesma canção?

No outro dia, enquanto via o documentário sobre o Festival Bons Sons, ouvi uma frase que me marcou e diz o seguinte:

“Na cidade, vives com quem ouve a tua música, com quem se veste da mesma forma. Porque é tão grande que te podes dar ao luxo de escolher com quem é que estás, não é. A minha diversidade em Lisboa, onde vivi vários anos, é muito menor do que a minha diversidade em Cem Soldos. Porque em Cem Soldos as pessoas tem de viver com o que a terra dá, tem que viver com os mais velhos e mais novos, com os que não gostam de ouvir a minha música e até acham que aquilo é horrível, mas eu tenho de procurar o que nos liga. Porque, ou estou calado o resto da vida, ou tenho de viver com aquelas pessoas. E esse trabalho é mesmo muito importante. A curiosidade também vem por necessidade. Então tens de criar sistemas artificiais de necessidade para estares exposto à diferença”

Este pensamento é do Luis Ferreira, que foi durante uns anos diretor do Festival Bons Sons, sobre um lado humano que tenho refletido.

Entretanto apanhei este excerto da conversa entre o Joe Biden e o Simon Sinek, sobre o John McCain onde ele explica que apesar de estarem de lados opostos na política eles nunca se atacaram.

Num momento em que parece que estamos a viver num mundo cada vez mais polarizado, onde as coisas ou são branco ou pretas, ou é esquerda ou direita… Parece ser cada vez mais difícil fazer amizades com alguém que não ouve a mesma canção.

Mas não devia ser assim.

(deixo aqui o trailer do documentário que vale a pena)

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