Estes dias vi um ótimo documentário sobre o apresentador de televisão norte-americano Ed Sullivan que durante muitos anos apresentou um programa ao domingo à noite onde convidava imensos artistas e músicos para atuar. O documentário chama-se “Sunday Best” (disponível na Netflix) e fala sobretudo de como o Ed Sullivan chamou vários músicos e artistas negros numa época onde ainda existia segregação racial. E sem papas na língua, ele dizia que os executivos da NBC que transmitia o programa diziam para ele não trazer negros porque as pessoas dos estados do Sul não iam aceitar e iam desligar a televisão. Ele foi contra essas ideias, e convidou gente como Sammy Davis Jr, Etta Fitzgerald, Harry Belafonte, Bill “Bojangles” Robinson, Tina Turner, entre tantos tantos outros.
Um homem com H grande.
Mas para além disso, reparei na beleza com que os artistas se apresentavam na televisão. Os planos, o cenário, a iluminação, era tudo bonito. Simples e bonito.





Infelizmente perdeu-se a capacidade financeira para criar cenários (são realmente caros de produzir, e convém ser re-utilizados nos dias que correm).
Mas na realidade a música quase desapareceu da televisão. Ou desapareceu mesmo… E isso sim, é algo que me faz sentir saudades.
